Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the web-stories domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: A função _load_textdomain_just_in_time foi chamada incorretamente. O carregamento da tradução para o domínio mfn-opts foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114
Sem temor, as quebradas se apropriam das novas mídias – Periferia em Movimento

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O que explica a proliferação de lan houses no início da década em qualquer quebrada do Brasil, com acesso à internet e imensas possibilidades a R$ 2 a hora?

O que explica a proliferação de lan houses no início da década em qualquer quebrada do Brasil, com acesso à internet e imensas possibilidades a R$ 2 a hora?
O acesso à web se expandiu pelo País e a periferia naturalmente tomou conta de tudo.
“A periferia já tinha um certo preparo anterior para a grande revolução tecnológica que está acontecendo hoje”, notaMateus Subverso, no seminário Estéticas das Periferias. “O diferencial da periferia é essa vivência anterior”.
Integrante da Edições Toró, uma editora criada com o intuito de publicar livros de escritores periféricos, o grafiteiro e B.Boy Subverso aponta que o uso natural da internet pela periferia não foi por acaso.
Se a rede é a esquina em que todos trocam arquivos e conhecimento, constróem coisas novas coletivamente e o boca a boca é digitalizado, a rede tem tudo a ver com a realidade periférica.
Nas quebradas, o “fazer junto” é cotidiano. Mães deixam os filhos com a vizinha para ir trabalhar; amigos se reúnem no fim de semana pra bater uma laje; movimentos se articulam por melhorias no bairro…
Quando entram na web, isso se potencializa.
Escritores criam blogs onde publicam seus poemas e contos e agitam saraus literários na quebrada.
Funkeiros e rappers sobem novas músicas e vídeos no youtube.
Grupos de dança e teatro conseguem saber o que é feito do outro lado, se inspirar, produzir coisa nova e inspirar os outros também.
Outro exemplo dessa apropriação é o boom da produção audiovisual na periferia, que aconteceu com o barateamento de equipamentos, que estão mais sofisticados. Qualquer celular permite gravar vídeos.
O grande dilema do uso dessas tecnologias é o que se faz com elas. “A gente tem que tomar cuidado com esse discurso de que a tecnologia é salvacionista. Ela não é. É uma ferramenta”, alerta Subverso.

Periferia.com

Em uma realidade em que o acesso ao conhecimento é um direito a todos, velhos padrões são derrubados: o interesse público supera o privado; a inteligência coletiva se sobrepõe ao conhecimento individual de um expert; e a participação é característica própria desse momento.
No meio de tudo isso, em que diversas empresas e governos têm interesses próprios, é a periferia que tem tudo pra arrebentar, segundo Heloísa Buarque de Hollanda, doutora em literatura brasileira.
Heloísa destaca que a periferia se destaca em três aspectos:

  1. Articulação: tudo que rola nos movimentos culturais periféricos entra na rede mundial pelas mãos dos próprios agitadores
  2. Comunicação: a notícia sai do lugar de onde ela de fato ela acontece. Blogs, sites, rádios comunitárias e o caso de Rene Silva, o jovem que usou o twitter pra comunicar o mundo sobre a ocupação do Morro do Alemão pelo exército são alguns exemplos.
  3. Experiências multiplataforma: já habituada ao conceito de rede, que praticava no mundo offline, a periferia inventa novas formas, como o Graffiti com pipoca (que faz animações de graffiti), entre outros.

“A periferia se mexeu com conforto absurdo na guerrilha da informação. Essa experiencia está se fazendo e a periferia vai contribuir muito trazendo a coisa de corpo, o local novo”, conclui Heloísa.

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