Por passe livre no busão, estudantes vão às ruas contra Doria

Foto: Thiago Borges

Janeiro de 2015 - Cobertura dos atos contra a tarifa realizados pelo Movimento Passe Livre

Nesta quarta-feira (12 de julho), estudantes voltam às ruas para protestar contra as medidas do prefeito de São Paulo, João Doria, que reduziu o benefício do Passe Livre Estudantil. Convocado por diferentes grupos, como os Secundaristas em Luta (que protagonizaram ocupações de escolas em 2015) e a União Nacional de Estudantes (UNE), o ato tem concentração às 15h no Viaduto do Chá, centro da cidade.
No último sábado (08 de julho),Doria anunciou restrição de embarques no transporte público a dois períodos de duas horas cada a partir de agosto. Implementado por Fernando em Haddad em 2015, dois anos após as massivas manifestações por tarifa zero, o Passe Livre Estudantil garante a realização de até oito viagens gratuitas no transporte público a estudantes de baixa renda da rede pública de ensino fundamental, médio e técnico, além de universitários inscritos em programas como FIES e Prouni. Com as alterações feitas por Doria, os embarques ficam restritos a dois períodos de duas horas cada.
De acordo com a UNE, as mudanças “inviabilizam a passagem daqueles que moram longe dos centros e qualquer acesso à cidade, limitando a formação do estudante apenas às salas de aula e garantindo cada vez mais a exclusão da juventude dos espaços públicos”.
Os Secundaristas em Luta manifestaram que, “dessa forma, afastando cada vez mais aqueles que vivem nos extremos das cidades aos centros, além de limitar o conhecimento a salas de aulas e invisibilizar situações na realidade dos estudantes, como fazer ensino médio numa escola e técnico em outra”.
Apesar de não convocar diretamente o ato desta quarta, o Movimento Passe Livre (MPL) publicou nota em que chama a medida de ataque parcial às conquistas obtidas após as mobilizações dos últimos anos. “Mesmo com o aumento na integração e as cobranças de integração em alguns terminais, Dória fala que não aumentou a passagem. Indiretamente, ou com o governador Geraldo Alckmin fazendo o trabalho sujo para ele, o prefeito continua um projeto de elitizar cada vez mais São Paulo, talvez para que assim ele seja bem visto em Miami ou Dubai”, diz a nota.
Confira abaixo:

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