“Não nos alinhamos com as adversidades que nos cercam”, diz morador do Parque Santo Antônio

(Foto: Thiago Borges / Periferia em Movimento)

A flor que nasce no asfalto. (Foto: Thiago Borges / Periferia em Movimento)

Nivaldo Brito dos Santos, 27, não foi vítima direta da violência física que tem acometido quem vive nas periferias de São Paulo nos últimos meses. Nem por isso, está satisfeito.
“Toda a população periférica sofre diariamente coações, pequenas (ou grandes) intimidações, constrangimentos entre outras formas de violência praticada pela polícia”, diz ele, que é mais conhecido por Ni Brisant.
Atualmente morador do Parque Santo Antônio, na zona sul, Ni Brisant articulou um movimento de resistência no seu antigo bairro.
“Faço parte de um grupo de artistas que se mobiliza autonomamente para promover a poesia, literatura, música e outras manifestações culturais na região do Grajaú”, explica ele, a respeito do sarau Sobrenome Liberdade. “Entendemos que nossas práticas e atitudes, embora restritas, são nossa maneira de resistência, de não nos alinharmos às adversidades que nos cercam”.
“Acho oportuno esse levantamento. É importante sabermos quem está resistindo, quem está fazendo a diferença nessa caminhada. Coragem!”, encerra.

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