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foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114
Foto: Liliane Rodrigues
Velho Batista veio da roça, do sertão, em busca de vida melhor em São Paulo. Foi morar nas franjas do Grajaú, distrito à margem da represa Billings. É do tempo em que se pescava no lago com vara, rede, tarrafa e até com a mão, veja só.
Mais gente foi chegando, chegando… E houve uma época em que os meninos saiam de rolê para ver gente morta na vizinhança – os “presuntos” desovados na noite anterior.
Viu a chegada do transporte, da escola e do posto de saúde – que tem, mas não funciona. E também do “progresso” representado pela Casas Bahia.
Personagem de um espetáculo teatral, o Velho Batista na verdade é real. Quem dá vida – e veracidade – a ele é o ator Paulo Henrique Sant”Anna, de 29 anos. No bar do pai, onde cresceu, ouviu muitos “causos” contados por outros homens, outros “Batistas”.
É a partir de suas lembranças que nasce o espetáculo “Histórias do Velho Batista”, que traz em seu contexto vivências nos bairros Cantinho do Céu, Lago Azul e Jardim Gaivotas – todos eles localizados em penínsulas banhadas pela Billings.
A ficha caiu após três viagens ao sertão de Minas Gerais, onde o escritor João Guimarães Rosa caminhou e se inspirou para escrever obras como “Grande Sertão: Veredas”.
“E quando eu via o sertão, lembrava dessa região do Cocaia, onde tem muitos migrantes principalmente do Nordeste. O que fiz foi pegar e dilatar o que tá na veia de quem mora ali”, conta.
Foram anos de pesquisa, quatro meses de escrita, um mês e meio de ensaio antes da estreia, há cerca de um ano. Ao todo, o espetáculo foi encenado seis vezes.
O resgate da tradição do oral e valorização do homem caipira se materializam em cores, cheiros e recordações: o altar com santos e deuses de diferentes credos, o radinho de pilha que toca sertanejo de raiz, as canecas esmaltadas à espera do café passado no coador de pano – signos que dão um tom intimista a “Histórias do Velho Batista”, ainda sem previsão de quando entra novamenta em cartaz.
Para conhecer os trabalhos de Paulo Henrique Sant”Anna, clique aqui.