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Anotaí: Encerramento da Mostra da Cooperifa e mais 05 atividades pra colar – Periferia em Movimento

Anotaí: Encerramento da Mostra da Cooperifa e mais 05 atividades pra colar

(Foto: Thiago Borges / Periferia em Movimento)

Represa Billings vista do Jardim Gaivotas, Extremo Sul de São Paulo. (Foto: Thiago Borges / Periferia em Movimento)

O mês de outubro está acabando e as atividades culturais e formativas continuam a todo vapor – algumas delas, já integrantes do calendário das quebradas; e outras, que acontecem agora graças a políticas públicas de fomento como o Programa VAI.

Pra começar nossas indicações, a gente lembra que neste domingo (27/10) tem o encerramento da 12ª Mostra Cultural da Cooperifa. Depois de shows, oficinas, debates em centros culturais e escolas públicas em vários pontos das periferias da Zona Sul de São Paulo, o evento termina com uma série de apresentações musicais na Fábrica de Cultura do Jardim São Luís (R. Antônio Ramos Rosa, 651).

O sarau da Cooperifa nasceu em 2001, em um bar em Taboão da Serra que abrigou um grupo de poetas sem espaço para declamar seus versos. Logo depois se mudou para o Bar do Zé Batidão, na Chácara Santana (zona Sul de São Paulo). Agora, ao completar 18 anos de caminhada com o mesmo entusiasmo de adolescentes que descobrem o livro pela primeira vez, o grupo celebra a literatura que chegou primeiro pela oralidade, da palavra simples que brota das vozes de homens e mulheres que não se cansam de buscar a felicidade. “Se a palavra liberta, então somos livres”, diz o enunciado que convoca para a Mostra.

Foto: Paula Lopes Menezes
Entrevista exclusiva com Edi Rock, do Racionais MCs, durante a Mostra Cultural da Cooperifa (Foto: Paula Lopes Menezes)

Na represa Billings

Enquanto isso, o final de semana é de curtição às margens da represa Billings.

No sábado (26/10), das 09h às 17h, com apoio do Programa VAI, o coletivo Navegando nas Artes realiza a primeira “Navegada das Mulheres”. O grupo, que trabalha com projetos náuticos com barco à vela no reservatório, quer reforçar a importância da ocupação das mulheres no Ateliê Da Margem.

Represa Billings

Além de velejar pelas águas da Billings, o encontro tem café da manhã colaborativo, oficinas e rodas sobre empoderamento feminino, permacultura, autonomia em saúde, artesanato e pintura com as crianças. O almoço é na faixa e há espaço recreativo. O projeto orienta também a cada participante levar uma muda de roupa extra, em caso de se molhar durante a atividade. Na rua 9 de setembro, 88, no Jardim Gaivotas. Saiba mais aqui.

E no domingo (27/10), em outra península da represa, a Festa Marafo e o 3em1 Gueto promovem um encontro musical para apresentar Victor Rice & Monkey Jhayam tocando a Monk-Tape 2019; e também MMoneis apresentando seu novo ep AM:PM. A partir das 16h20, no mirante do Parque Linear Cantinho do Céu, que fica na rua das Andorinhas Brasileiras, Lago Azul (Extremo Sul de São Paulo). Clique e confira outras informações.

Pra ampliar os saberes

Para quem quer sentar, debater e refletir sobre diferentes temáticas, este também é o momento.

No domingo (27/10), a Escola Feminista Abya Yala promove mais um espaço de estudo coletivo, fortalecimento e cuidado entre mulheres ativistas na periferia. A ideia é pensar o feminismo e construir sociedade onde caibam todas e onde as vozes de mulheres terrivelmente oprimidas favelas afora não sejam ofuscadas na sombra de outras mulheres que possuem o privilégio de estudar.

O almoço e café da manhã também são coletivos. E há uma atividade com corpo para a qual as organizadoras pedem que levem um elástico. Das 09h às 17h, na rua Vitório, 77, no Jardim São Luís. Saiba mais aqui.

Escola Feminista Abia Yala

No mesmo dia, a partir das 15h, o Comitê de Resistência do Grajaú promove um debate sobre racismo, resistência e anti-proibicionismo no Centro Cultural Grajaú. Saiba mais aqui.

O debate é aberto a todos que queriam somar na luta contra o racismo e pelo fortalecimento da quebrada. A proposta é abordar rapidamente a história das lutas e organizações do movimento negro brasileiro, assim como sobre a repressão policial nas quebradas a pretexto da “guerra às drogas”. A ideia do debate é também organizar uma atividade político-cultural para novembro, mês da Consciência Negra.

E pra começar a semana, o projeto Masculinidade Quebrada inicia suas rodas de masculinidades para homens periféricos. Exclusiva para homens, a proposta é questionar coletivamente o que é ser homem na quebrada, as dores e prazeres que envolvem isso em um espaço de compartilhamento de experiências e trocas.

As rodas acontecem com 02 turmas de 06 encontros presenciais cada. A primeira acontece às segundas-feiras, a partir do dia 28 de outubro, às 19h, na rua Álvares Correia, 86 – Jardim Iporanga. E a outra vai rolar às quartas-feiras, a partir do dia 30 de outubro, também às 19h, no CEU Navegantes – rua Maria Moassab Babour, sem número – Cantinho do Céu. Os dois bairros ficam no Extremo Sul da cidade de São Paulo. Confira aqui.

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