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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Por Thiago Borges
Vitor Almeida era criança quando ouviu falar que o trem chegaria ao Jardim Varginha. Nascido e criado neste bairro do Extremo Sul de São Paulo, hoje ele tem 21 anos e é um dos moradores locais que esperam há uma década pela entrega da prometida estação.
Para registrar o abadono, em 2017 ele produziu a série de fotos “Em torno Estação Varginha”, que se tornaram públicas somente agora em seu instagram.
A linha 9-Esmeralda da CPTM liga Osasco (na região metropolitana) ao Grajaú (Extremo Sul da cidade). Em 2010, o então candidato a governador Geraldo Alckmin prometeu estender a linha em 4,5 quilômetros, com 2 novas estações: Mendes-Vila Natal e Varginha. A Periferia em Movimento já abordou isso aqui.
As obras só foram iniciadas em 2013 e, nesse meio tempo, ficaram quase 2 anos paradas, sendo retomadas apenas em 2018 em ritmo lento – elas voltaram a parar em maio do ano passado. A nova previsão é de entregar as estações entre 2021 e 2022. Vitor não alimenta esperanças.
“O retorno da obra não é algo que gere expectativas para nós, os moradores daqui, pois já temos um pensamento sobre isso: quando passar as eleições , eles somem de novo”, lamenta. “Em época de eleição, eles sempre aparecem pra dar uma mexida, trocar as placas e tudo mais”.
O registro fez parte de um trabalho no curso técnico de fotografia na Etec, em que Vitor se formou. A atividade tinha como tema retratar o cotidiano.
“Fotografei os arredores da estação com intuito de retratar como que estavam as coisas por ali, pois passava de ônibus todos os dias e via uma galera se movimentando por lá”, conta.
Nas construções inacabadas, conversou com crianças que soltavam pipa ou jogavam bola. O lugar era ideal para brincadeiras, já que não tinha fios de alta tensão nem trânsito de veículos.
Senhoras que utilizavam o local como passagem esperavam que a obra “valorizasse” o bairro.
E em baixo da futura plataforma da estação, Vitor se deparou com pessoas que viviam ali. Uma delas foi Corsi, que ele retratou na série. O homem refletiu sobre a sociedade, o vício e esperava sair dali pois tinha uma filha para criar.
Enquanto o trem não chega, Vitor continua fotografando outras temáticas.