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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Por Jéssica Moreira, na Agência Mural. Fotos por Tally Campos Salva
Com atividades de promoção à cultura há mais de 15 anos, a Comunidade Cultural Quilombaque, em Perus, na região noroeste de São Paulo, pode perder a sede em que atua há uma década e meia.
Nesta terça-feira (01/09), o grupo lançou a campanha de financiamento coletivo #/FicaQuilombaque. Clique aqui e saiba como colaborar.
O grupo corre contra o tempo para arrecadar ao menos R$ 150 mil até o fim de setembro, metade do valor pedido pelo proprietário do terreno, que pede, ao todo, R$300 mil pelo espaço.
Ao chegar à Quilombaque, ele disse que tinha urgência para quitar uma dívida e que, por isso, precisava do terreno. “Ou a gente compra o terreno, ou temos que entregar”, conta Clébio Ferreira, 36, um dos fundadores e gestores.
A organização, que faz aniversário neste mês, já atendeu centenas de meninas e meninos ao longo de uma década e meia e tenta mobilizar moradores para seguir no espaço.
“Estamos ameaçados de perder o nosso espaço físico para a especulação imobiliária, fomos intimados a entregar o espaço caso não ocorra a compra do terreno”, aponta manifesto lançado pela organização.
Para os integrantes da Quilombaque, o valor e o prazo estimado para a aquisição são incoerentes com o orçamento da organização, que depende, essencialmente, de editais públicos.
“[Queremos] nosso quilombo vivo, contrariando as estatísticas, quebrando correntes e plantando sementes, resistindo e pulsando com a nossa firmeza permanente e fervendo o território”, apontam.
São exemplos de atividades o jongo, aulas de capoeira, rodas terapêuticas, shows, aulas sobre direitos humanos, polo de cursinho pré-vestibular da Uneafro, trilhas da memória no território, aulas sobre urbanismo, além de atuarem na construção de importantes políticas públicas em SP, como a Lei de Fomento à Periferia na cidade de São Paulo e o Território de Interesse da Cultura e da Paisagem (TICPs) do Plano Diretor de São Paulo.
“Há muitos desafios a se consolidar e um deles é a permanência no nosso espaço físico, que, anteriormente, era um lugar abandonado e altamente degradado”, diz Ferreira.
Até então, a viela situada ao lado da estação de trem da CPTM, causava medo à população, diante de tamanha falta de manutenção pelo poder público.
Logo que a Quilombaque se instalou, foi realizado um mutirão de revitalização, com grafites, limpeza do espaço e constante realização de atividades, aproximando a população local e tornando o transformando o espaço em um pólo de desenvolvimento socioeconômico em toda a região.
“Queremos implantar projetos e ações socioculturais, educacionais, econômicas e ambientais, na perspectiva de empreender um processo de reparação ao acesso a bens culturais, promover a convivência com a diversidade cultural local”, apontam.
Desde que foi fundada, em 2005, a Quilombaque tem sido palco das mais diversas expressões culturais, trazendo à população do bairro alternativas de lazer e diversão, onde ainda não há equipamentos culturais mantidos pelo poder público.
Durante dois anos, foi na garagem da casa dos irmãos Cleber e Clébio Ferreira, que as ações aconteceram.
Pouco a pouco, novos atores sociais foram se juntando ao grupo e formando uma teia de atividades culturais, ambientais e educativas, tornando o espaço da garagem pequeno demais para a criatividade do grupo. Em 2007, migraram para o espaço que hoje correm o risco de perder.