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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Por Cesar Gouveia, do Vozes das Comunidades da Vila Prudente
Há pouco mais de um mês, no dia 16 de setembro, a desocupação de um prédio na avenida São João chamou atenção de toda a cidade por conta do confronto entre a Polícia Militar e os ocupantes. Mas a questão da moradia é uma realidade presente em diversos pontos de São Paulo – e na Vila Prudente não é diferente.
O bairro localizado na zona sudeste da cidade passa por mudanças – a mais impactante tem sido a obra do monotrilho (linha 15-prata) e suas indefinições.
Moradores da favela da Vila Prudente se mobilizam em diversas ações para pressionar o governo, de modo a destinar e garantir moradia para todas as famílias que serão removidas devido às obras de interligação entre o monotrilho e a estação de trem Ipiranga, a dois quarteirões da favela.
Somada a isso, a especulação imobiliária que gerou uma alta no valor do aluguel cobrado inclusive dentro das favelas da região tem motivado os moradores a partir para a luta direta.
Em agosto, dois terrenos inutilizados foram ocupados na avenida Doutor Francisco Mesquita, que faz divisa com São Caetano do Sul.
Lucimara, de 36 anos, paga R$ 800 em uma casa na favela da Vila Prudente, onde vive com o marido e os filhos. Desempregada e sem condições financeiras para comprar uma casa própria, ela aderiu a uma dessas ocupações.
“Nossos órgãos públicos não pensaram no futuro das próximas gerações e não pensam. Eles não querem, né? A ocupação foi a única coisa que restou”, diz ela. “Aqui faz muitos anos que não tem projetos de habitação”.
Cleison, que também está em uma das ocupações, conta que trabalhou durante anos e não conseguiu construir uma casa para ele e a família.
“Já vi gente dizer que só porque não estou trabalhando eu não sou digno de ter uma moradia. Eu perdi o emprego. Não fui eu quem pedi para sair e não encontro outro. E, agora com o pessoal, eu falei: vou procurar uma moradia pra mim, porque trabalhando eu não consegui”, diz ele.
Apesar de estar garantido no artigo 5º da Constituição Federal de 1988, o direito à moradia está longe de ser cumprido.
Com base em dados do Censo de 2010 do IBGE, em São Paulo havia 290 mil imóveis inabitados e uma demanda de 130 mil famílias sem moradia.
“A gente só luta por uma casa para nós e nossos filhos”, conclui Lucimara.