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ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114
Colaboração de Mariana Belmont (texto) e André Bueno (fotos)
Em pleno Viaduto do Chá, no centro de São Paulo, uma barraca de feira com alface, rúcula, escarola e banana – tudo produzido por famílias de agricultores do Extremo Sul da cidade. Essa foi a estratégia utilizada por produtores da região de Parelheiros na manhã desta terça-feira (11/03) para chamar atenção para o “Ato em favor da Agricultura Familiar e do restabelecimento da Zona Rural no Município de São Paulo”, realizado em frente à Prefeitura.
“A zona rural foi extinta do mapa do município de São Paulo em 2002, mas somos mais de 300 agricultores de alimentos e plantas ornamentais que estão lá e não somos vistos”, diz Adriana Coradello, agricultora de Parelheiros. “Nós estamos em transição agroecológica, então, o reconhecimento da zona rural pode facilitar a obtenção do selo de certificação orgânica pelos produtores”, continua.
O prefeito Fernando Haddad recebeu os agricultores das Áreas de Proteção Ambiental Capivari-Monos e Bororé-Colônia, no Extremo Sul, e da região de São Mateus, zona Leste da cidade. Um dos principais temas foi o novo Plano Diretor, que está na Câmara dos Vereadores aguardando votação e estabelece ¼ do território de São Paulo como zona rural. “Com o reconhecimento da zona rural, a cidade vai ganhar muito com o desenvolvimento da agricultura e do ecoturismo na zona Sul de São Paulo”, afirmou Haddad.
Também participaram da conversa o vereador Nabil Bonduki, o chefe de gabinete da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Milton Persoli, o novo secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendorismo, Artur Henrique, o secretário de Governo, Chico Macena, e o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Ricardo Teixeira.
“O prefeito demonstrou que desconhecia muitas das demandas e que quer que haja avanços em relação a elas. Acredito que, do ponto de vista da legislação, muitas das questões estão bem encaminhadas no substitutivo do Plano Diretor”, explicou o vereador Bonduki, que conversou com as pessoas que apoiavam o ato.
Outras reivindicações
Além do Plano Diretor, mais pautas foram discutidas, como:
os projetos relacionados à merenda orgânica
fiscalização ambiental com a Guarda Civil Metropolitana
o descaso com as equipes técnicas das Casas de Agricultura Ecológica, a demora da abertura de novos editais do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – FEMA
um organismo participativo de avaliação da conformidade de certificação orgânica municipal
a integração entre ecoturismo e agricultura no Plano de Turismo que está sendo desenvolvido para a região.
Um dos acordos foi que a Supervisão de Abastecimento do município voltará a ser administrada pela Secretaria de Desenvolvimento.
“Faltaram alguns pontos que poderíamos ter conversado. Gostaria de falar para ele que nossa região tem uma presença expressiva das colônias japonesa e alemã, que sempre colaboraram com a produção de alimentos, mesmo que convencionais. Trabalhar com produção de alimentos em Parelheiros é uma tradição”, comentou Ernesto Oyama, agricultor da região.
Cheiro de roça
O distrito de Parelheiros é a periferia mais peculiar do extremo sul, uma periferia com cheiro de roça, ar limpo, pessoas simples e belezas naturais. Além disso, possui a maior diversidade de culturas da cidade, com índios guaranis que preservam suas matas e lutam pela sobrevivência na terra até jovens agricultores que desistiram da cidade e seguem a tradição da família. É de lá que sai a maior produção de plantas ornamentas da cidade, outra tradição mantida por descendentes de alemães e japoneses.
No final do ato os agricultores distribuíram verduras para as pessoas que passavam pelo Viaduto, do Chá, que elogiaram a intervenção e queriam pagar pelos produtos que chegaram fresquinhos ao centro de São Paulo após uma viagem de cerca de 40km.
“Acabou rapidinho, e o pessoal queria mais produtos”, completou Lia Goes, mais uma das agricultoras presentes no ato.