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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Edi Rock entrou para a história há 25 anos.
Ao lado de Mano Brown, Ice Blue e KL Jay, ele é um dos quatro Racionais MC’s – grupo que ajudou a fundar em 1988 e que salvou muitas vidas nas quebradas por meio de suas mensagens.
Em um quarto de século de caminhada, Rock nota muitas mudanças na realidade das periferias, com destaque para a cultura.
“Eu vejo o trabalho muito forte da Cooperifa, que começou num boteco e só tende a aumentar. Foi se espalhando e criando uma estrutura, inspirando outros projetos”, disse ele ao Periferia em Movimento, antes de seu show no encerramento da 6ª Mostra Cultural da Cooperifa, neste domingo (27/10).
“Eu acho que a gente (Racionais) participou disso, deu uma força para o que está acontecendo hoje”.
Porém, para Edi Rock, nem tudo é motivo de comemoração.
“Evoluimos de um lado, mas no outro estamos voltando atrás”, ressaltou.
Rock chama atenção para o genocídio da população negra, pobre e periférica brasileira.
Afinal, de 2002 a 2010, o país registrou 418.414 vítimas de violência letal – 65,1% delas (272.422 pessoas) eram negras.
Triste coincidência ou não, o relato do rapper ocorreu horas depois do adolescente Douglas Rodrigues, de 17 anos, morrer após levar um tiro de um PM no Jaçanã, bairro periférico da zona norte de São Paulo.
“A gente se descuidou. A periferia não tá olhando pro lado pacífico de sua convivência, que foi esquecido. Se não há paz, há guerra e há morte”, observou Rock.
“Tá acontecimento um erro grave, que já existiu nos anos 90 e está voltando. Estamos nos matando. Além do extermínio praticado pela polícia, nós estamos nos matando”, completou.
Por isso, ao olhar para as movimentos de cultura que ganharam força nas quebradas após importante papel desempenhado pelo hip hop, Rock convoca artistas para dar uma atenção maior ao problema do genocídio nas periferias.
“Coletivos já fazem seu papel com a cultura, mas têm uma influência muito grande e podem olhar mais para isso”, concluiu.
Audiência pública contra o genocídio
Nesta terça (29 de outubro), às 19hs, os movimentos sociais que integram o Comitê Contra O Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica e o Fórum de Hip Hop MSP da cidade de São Paulo farão uma audiência na Câmara de Vereadores.
Os militantes se reúnem no Plenarinho para discutir a desmilitarização da política da cidade no espaço legislativo e também acionar as redes de proteção de instituições de direitos humanos. Saiba mais aqui.
CONFIRA FOTOS DA MOSTRA CULTURAL DA COOPERIFA
Créditos das fotos: Aline Rodrigues, Joseh Silva, Paula Lopes Menezes, Thais Abade e Thiago Borges