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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Por Paulo Motoryn, na revista Vaidapé
A capa de um CD da Madonna gravada com um grafite e uma linha de lenços da Louis Vuitton com uma estampa grafitada pelos Gêmeos podem querer dizer, para alguns, o triunfo da arte urbana. Para outros, no entanto, significa a apropriação pelo mercado.
A discussão foi tema de uma roda de conversa no Sesc Belenzinho, na tarde da última quinta-feira, 29, durante o Encontro Estéticas das Periferias. O contexto social do grafite e os processos de criação estética do grafiteiro foram abordados em um papo com cerca de 30 pessoas.
O sociólogo Sérgio Franco fez uma análise sobre o contexto histórico do surgimento do grafite fora do país, relembrando o impacto, por exemplo, da Guerra do Vietnã no espírito da arte daqueles norte-americanos que viam seus próximos irem ao conflito e não retornarem.
Franco ainda trouxe uma obra do impressionista francês Edouard Manet para fazer uma analogia ao poder revolucionário da arte urbana: “Assim como na pintura [“Olympia”], o grafite escancara relações que o mundo burguês não suporta”.O Coletivo Opni, que reúne grafiteiros e pichadores, também se fez presente na conversa. “Grafite é o que se faz na rua. O grafite é a relação com a rua e com a sociedade. Não dá para chamar de grafite o que fica em uma galeria”, analisou Toddy, um dos integrantes.
“O grafite depende da situação da insegurança das ruas, do medo e da discriminação”, de acordo com Mauro (foto), grafiteiro do Grajaú e integrante do Coletivo Imargem, que completa: “Acho que o mercado olhar para nós é uma tendência da estética da miséria, em que a pobreza passa a ser agradável aos olhos dos apreciadores de arte”. A grafiteira Tikka Meszaros acompanhou o discurso dos colegas e admitiu que a apropriação da estética do grafite pelo mercado tem seu impacto.