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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114“Agora que falamos por nós, o que os intelectuais vão fazer? Que comam brioches”.
Com essa frase de Sérgio Vaz, a pesquisadora Waldilene Silva Miranda resume sua apresentação sobre os intelectuais na periferia durante o seminário “Estéticas das Periferias”.
Esse foi o tema de sua dissertação de mestrado pela Universidade Federal de Juiz de Fora, em 2010, na qual ela abordou o surgimento de intelectuais contemporâneos, fora das regras impostas pelas teorias da academia. “A teoria não dava conta de abarcar esses novos intelectuais”, diz ela. “Por isso, esse intelectual vai criar uma nova teoria”.
A teoria antiga, que condiciona a todos e inclusive os intelectuais, é a teoria imposta pela classe dominante.
E se antes a periferia e seus moradores apenas engoliam o que essa classe propunha, de uns anos pra cá passou também a contestar isso.
Mano Brown, Ferréz, o próprio Vaz… gente que não apenas é oprimida, mas que também denuncia essa opressão, não fica de braços cruzados e alteram o imaginário nacional à medida que afirmam a potencialidade dos moradores da periferia por meio de atividades culturais.
“Pessoas começaram ou retomaram o hábito de ler, aguçaram o senso crítico e se posicionaram ideologicamente contra um sistema opressor”, explica Waldilene.
A diferença crucial dos intelectuais periféricos para os intelectuais da classe dominante é: quem fala, para quem fala, como fala, o que fala e por que fala. “O próprio sujeito, vítima de exclusões, denuncia essa situação”, diz Waldilene.
Isso mudou a ideia de quem vive nesses lugares, inclusive no consumo.
Se antes o que importava eram os livros publicados fora, hoje o que é feito internamente é mais valorizado. Se antes, Nike ou Adidas eram as marcas da moda, hoje uma camiseta da 1daSul também têm o seu valor. São redes de identificação, que começaram a ser criadas a partir do hip hop e se espalham pelo mundo.
“Não se trata de uma cultura periférica, mas a partir da periferia para o mundo”, conclui.