Sonhos de Juventude: a crença no futuro em meio ao presente de dúvidas

Por Thiago Borges (Reportagem). Colaboração: Evelyn Arruda. Edição: Pedro Ariel Salvador

José quer ser Presidente da República, Yasmin acredita no progresso da quebrada e Henrique crê na vitória “via caderno”. Luana não admite ser “mais um número”. E, enquanto Maxwell quer dar uma casa pra mãe, a universitária Nathalia tem a expectativa de ter dinheiro pra comer até o fim do mês.

Do Horizonte Azul ao Jardim Sete de Setembro, a juventude das quebradas alimenta sonhos de diferentes proporções. Mas as barreiras parecem mais complexas.

Os cortes em Educação promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro limitam o acesso e permanência ao Ensino Superior, afetando principalmente a população das periferias. No plano local, a Prefeitura de São Paulo corta investimentos em Cultura e Assistência Social.

Isso afeta diretamente jovens moradores de periferias, que convivem ainda com a desilusão com o mercado de trabalho. O País fechou o mês de junho com 12,7 milhões de desempregados. Na cidade de São Paulo, 28% dos 1,4 milhão de desempregados eram jovens de 16 a 24 anos, segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo e o Ibope.

E em outra ponta, a marcha fúnebre prossegue. O Brasil mata ainda mais: em 2017, 65.602 pessoas foram assassinadas no Brasil, número superior aos 62.517 casos registrados em 2016. E a proporção de negros entre o total de homicídios saltou de 71,5% para 75,5%.

A Periferia em Movimento conversou com jovens de diferentes perfis nas periferias da Zona Sul de São Paulo para entender como o cenário atual impacta na construção de perspectivas. Assista:

Esta reportagem faz parte do projeto #NoCentroDaPauta, uma realização dos coletivos Alma Preta, Casa no Meio do Mundo, Desenrola e Não me Enrola, Imargem, Historiorama, Periferia em Movimento, TV Grajaú, Dicampana e Nós, Mulheres da Periferia, com patrocínio da Fundação Tide Setúbal.

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