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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Por Jefferson Rodrigues*
A partir de agora, pelo menos 30% das vagas dos programas de pós-graduação (como mestrado e doutorado) da Universidade Federal do ABC (UFABC) estão reservadas para pessoas negras (pretas e pardas). E ao menos uma vaga nesses cursos deve ser reservada a indígenas, quilombolas, pessoas trans, com deficiência e refugiadas ou solicitantes de refúgio.
A ampliação das políticas de ação afirmativa aconteceu na quinta-feira passada (5/8) e a UFABC classificou a decisão como uma vitória.
“A universidade só tem a ganhar com adoção de políticas afirmativas. Essas ações na pós-graduação não se tratam de favor, nenhum tipo de condescendência com pessoas que têm menos capacidade, mas são uma questão de justiça e reconhecimento”, aponta Luiz Antônio, mestrando na UFABC.
Cabe ressaltar que, desde 2019, a instituição tem cotas na pós-graduação para as pessoas com deficiência, negras e indígenas. Naquele mesmo ano, foi a primeira universidade no Estado de São Paulo a estabelecer cotas para pessoas trans. No entanto, essa reserva não estava regulamentada e não tinha um número mínimo de vagas para cada grupo.
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Antes de essas regras serem aprovadas pela Comissão de Pós-Graduação, desde julho a UFABC vinha promovendo rodas de conversas sobre trajetórias, desafios e contribuições das ações afirmativas na pós-graduação. O foco era discutir as cotas nos cursos de mestrado e doutorado que já possuíam essas cotas.
Os encontros virtuais abriram espaço para abordar lutas, manifestações mobilizadas por estudantes, corpo docente e equipe de trabalho para garantir esse direito.
As rodas de conversa foram promovidas por grupos como a Associação LGBT Prisma Dandara dos Santos, Coletivo Negro Vozes, Coletivo Africano e Afro Brasileiro, Núcleo de Estudos Estratégico de Democracia e Desenvolvimento de Sustentabilidade, Núcleo de Gêneros Esperança Garcia e da Escola Preparatória para Pós-Graduação em Humanidade Pós Graduar.
A política de cotas no ensino superior público brasileiro foi instituída em 2012, tornando obrigatória a reserva considerando fatores como raça e trajetória na escola pública. Em 2018, segundo o IBGE, o número de pessoas negras matriculadas em universidades públicas chegou a 50,3%.
Já na pós-graduação, uma portaria assinada em 2016 pelo então ministro da Educação Aloizio Mercadante determinava que os programas de pós-graduação apresentassem propostas para implementação de cotas.
*Jefferson Rodrigues é participante do “Repórter da Quebrada – Uma morada jornalística de experimentações”, programa de residência em jornalismo da quebrada realizado pela Periferia em Movimento por meio da política pública Fomento à Cultura da Periferia de São Paulo