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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Texto por Thiago Borges. Foto em destaque: Julia Vitoria.
Em 2020, o mundo foi paralisado pela pandemia de coronavírus e a necessidade do distanciamento social diminuiu a circulação. Ainda assim, o número de mortes violentas intencionais aumentou 4% no ano passado e 50.033 foram assassinadas no País – revertendo 2 anos de queda no número de homicídios. Com isso, o Brasil registra uma média de 23,6 assassinatos a cada 100 mil habitantes.
Os dados constam no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (15/7) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que é baseado em informações fornecidas por secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes. Clique aqui para baixar.
O perfil principal das vítimas desses crimes continua igual: 91,3% do gênero masculino, 76,2% negros, 54,3% jovens até 29 anos. A cada 10 mortes, 8 foram causadas por armas de fogo.
Já as polícias mataram 6.416 pessoas em 2020 – uma alta de 0,3% em relação ao ano anterior. Homens e meninos (98,4%), negros (78,9%) e com idade entre 12 a 29 anos (76,2%) novamente aparecem entre as principais vítimas em intervenções policiais. Por outro lado, 194 policiais foram mortos assassinados – número menor que o total de vítimas de coronavírus, 472.
O aumento dos casos coincide com maior circulação de armas de fogo no País: as autorizações para importaçãos mais que dobraram (108%), assim como o número de armas registradas (100%). O crescimento de homicídios vai na contramão de outros delitos, que registraram queda, como roubos a transeuntes (-36%), estabelecimentos (-27%), a veículos (-26%), cargas (-25%) ou residentes (-16%).
O número de feminicídios (quando mulheres e meninas são mortas por serem do gênero feminino) cresceu 0,7%, totalizando 1.350 casos. Cerca de 3 a cada 4 delas tinham entre 18 e 44 anos e 3 a cada 5 eram negras. Mais de 80% das mortes foram ocasionadas pelo companheiro ou ex-companheiro e mais da metade com arma branca.
Cerca de 60.460 estupros foram registrados no ano passado, o que representa uma queda de 14,1%. Em 85% dos casos, o autor da agressão era conhecido da vítima. A cada 10 vítimas, 6 tinham até 13 anos. A violência contra crianças e adolescentes também aumentou: 267 indivíduos até 11 anos foram assassinadas, enquanto 5.855 adolescentes foram mortos.
Já os crimes de ódio que resultaram em morte de pessoas LGBTQIA+ aumentou para 121 assassinatos (alta de 24,7%), enquanto as agressões registradas totalizaram 1.169 (20,9%).
O Anuário também trouxe uma escuta com policiais sobre a pandemia. Ao todo, 29,5% de policiais do Brasil testaram positivo para covid-19 e 85% têm medo de serem infectados. Mais da metade (52,5%) relatou desconforto para agir com estabelecimentos funcionando irregularmente na pandemia.
O estudo também aponta que foram registrados 57.619 casos de coronavírus entre pessoas em cárcere 21.419 entre profissionais que atuam no sistema penitenciário. O País chegou a 759 mil pessoas em privação de liberdade.