Perrengues, aprendizados e conquistas de quem empreende na quebrada
Reportagem: Dani Vieira e Thiago Borges. Texto e roteiro: Thiago Borges. Edição de vídeo: Pedro Ariel Salvador
André e Felipe nem sabiam que estavam gerindo um negócio e, no meio disso, quebraram 03 vezes. Pra cortar custos, César aprendeu ele mesmo a imprimir, cortar, costurar e prensar livros. E do desespero diante do desemprego, Val começou a vender o que fazia de melhor e hoje tem uma pastelaria com mais de 20 funcionários.
Todos eles hoje se reconhecem como empreendedores das quebradas em que moram. Mas se ver nesse lugar passa também pelo entendimento de que o conceito de “empreendedorismo” é diferente da ponte pra cá.
Primeiro, porque não receberam capacitação para gerir um negócio próprio. Segundo, porque às vezes essa nem era o objetivo inicial. E terceiro, porque as empresas operam nas próprias periferias, com públicos e entregas bem específicos.
César faz a capa de mais uma cópia de um dos livros publicados pela Filoczar 
Felipe arruma peças de roupa produzidas pela V.O.S. 
Val, famosa por seus pastéis, sabe que a vizinhança é pobre mas tem consciência do que quer
Com todos os percalços, aprendendo na raça, as conquistas aconteçam:
- a V.O.S. Estilo de Rua, uma marca de roupas voltadas principalmente para skatistas atualmente tem uma sede própria, uma grife e também produz peças customizadas para clientes, como coletivos e bandas;
- a Filoczar, que começou com uma biblioteca comunitária nos fundos da garagem, hoje tem um acervo de 4.000 títulos na livraria e 40 livros de autores periféricos publicados;
- e os Pastéis da Val atraem a clientela de toda a região para comer mais de 70 sabores em 300 pedidos por dia, em média.
Conheça essas histórias no vídeo:
Este conteúdo faz parte do projeto #PenseGrandeSuaQuebrada , um esforço coletivo do Programa Pense Grande, iniciativa da Fundação Telefônica Brasil, em parceria com o Alma Preta, Desenrola E Não Me Enrola, Periferia em Movimento, Historiorama e Agência Mural com o objetivo de democratizar a linguagem e o acesso das juventudes periféricas ao ecossistema de #EmpreendedorismoSocial.
