web-stories
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Fotos e reportagem por Carolina Messias. Edição: Thiago Borges
“O médico me disse que não poderia solicitar o exame papanicolau porque eu era virgem, mesmo eu dizendo que já havia tido relações com mulheres. Tive que me relacionar com um homem para perder a virgindade, voltar ao médico e fazer meu exame”.
O relato acima, feito no final de agosto durante o evento “O Protagonismo é Sapatão”, ilustra uma realidade vivida por mulheres lésbicas e bissexuais: essa parcela da população não encontra assistência correta de médicos e, no consultório, lida com a falta de empatia e embasamento acadêmico para lidar com o assunto.
A reportagem da Periferia em Movimento escutou relatos de que há ginecologistas que se negam a solicitar exames simples de rotina, como o papanicolau, por conta da sexualidade das pacientes; ou até mulheres que se relacionam com outras mulheres há anos e que nunca fizeram esses exames.
Por conta dessa falta de informação e, consequentemente da violação de direitos, as meninas deixam de se cuidar – o que pode acarretar num problema posteriormente. Uma pesquisa realizada em 2017 pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) com 150 mulheres lésbicas mostrou que 47,3% delas tinham algum tipo de IST (Infecção Sexualmente Transmissível).
Daí, a importância do encontro promovido pelo A Bordar Espaço Terapêutico no mês da Visibilidade Lésbica. O evento marcou a reabertura da casa, que foi furtada recentemente. Além da roda de conversa sobre saúde sexual de lésbicas e bissexuais com a jornalista Larissa Darc, o evento teve show da atriz e cantora Fabiana Pimenta e a comida servida pela La Fancha – Casa Restaurante, que serviu “piriquitas recheadas”.
“Casa de vó”
Composto por 04 psicólogas, o A Bordar é um espaço criado com a intenção de “deselitizar” o serviço de saúde mental e promovê-lo para as mulheres da periferia, já que geralmente não conseguimos custear o valor de uma sessão. As idealizadoras ressaltam que não querem parecer uma clínica, e sim como são reconhecidas: “casa de vó”.
A iniciativa atua em três frentes de atividade: atendimento com psicoterapia, acupuntura, hipnose e terapia orgástica; mobilização de ações abertas na casa ou em outros espaços; e formação e divisão de conhecimento, com cursos e oficinas.
O A Bordar fica na avenida Lourenço Cabreira, 489 – Jardim Ana Lucia, Extremo Sul de São Paulo. Para saber mais, acesse a página do facebook. Clique aqui.