Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the web-stories domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: A função _load_textdomain_just_in_time foi chamada incorretamente. O carregamento da tradução para o domínio mfn-opts foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114
Festival Percurso destaca ancestralidade negra e indígena na quebrada – Periferia em Movimento

Festival Percurso destaca ancestralidade negra e indígena na quebrada

Idealizado como o #maiorterreirodomundo, o Festival Percurso 2018 – De Jardim a Jardim ocorre neste domingo (09 de dezembro), na Praça do Campo Limpo, zona Sul de São Paulo. Palco histórico de atividades culturais da região, o local é berço histórico de saraus, eventos literários e de artistas como Racionais MCs, por exemplo.
Nesta quinta edição, a proposta é reverenciar a ancestralidade dos povos de terreiro e indígenas até a nova geração de visionários das periferias – com a arte e a cultura promovendo pontes e fomentando a economia local.
Por isso, o festival convida 40 diferentes atrações artísticas para se apresentarem ao longo do dia – entre elas, Rincon Sapiência, Xaxado Novo, Maracatu Nação Kambinda, Bia Ferreira, Tião Carvalho e Mãe Beth de Oxum. A expectativa é reunir 10 mil pessoas no evento, com uma programação gratuita que abrange crianças, jovens, adultos e idosos.

Pontes

“O Percurso traz a união das relações de produção, consumo e comercialização de serviços locais com a arte e a cultura da periferia e das regiões centrais. Tudo isso em harmonia com a sabedoria e os ensinamentos dos nossos mestres e ancestrais. Ao reverenciar nossos sábios também prestigiamos a caminhada que segue pelas novas gerações”, aponta Thiago Vinicius, da Agência Solano Trindade, que organiza o festival com o movimento De Jardim a Jardim.

Foto: Leu Britto


Haverá ainda um show que mescla três apresentações no mesmo palco para celebrar os encontros transformadores entre as periferias e o centro. A banda Abôrigens, projeto da produtora cultural e social A Banca se encontra com Curumin, num um intercâmbio de saberes e fazeres entre jovens de diferentes origens socioeconômicas de São Paulo promovido pela associação C de Cultura.
A tradicional roda de samba Ajayô Samba do Monte comemora seus dez anos no festival, levando ao palco Raquel Tobias, uma das pioneiras a levar o protagonismo feminino ao samba, e representantes históricos da velha guarda das escolas de samba de São Paulo. Entre eles, estarão Seu Carlão, conhecedor das origens do jongo e do congado e um dos fundadores da Unidos do Peruche, e o compositor Silvio Modesto, da Pérola Negra, que já foi gravado por Bezerra da Silva e ainda acompanhou Cartola na gravação de seu último show ao vivo.
“O lema do Festival Percurso é Juventude Periférica, gerando renda, trabalho e desenvolvimento local, o que significa que a nossa visão de geração de renda está ligada ao desenvolvimento comunitário”, contou Alex Barcellos, produtor cultural da Agência Solano Trindade.

Aquilombamento

Ao pensada para ser o #maiorterreirodomundo, na prática o Festival Percurso vai fomentar a união que passa entre os povos através de diferentes vertentes musicais, culturas ancestrais e a economia, trazendo a ‘re-união’ do que há de mais bonito no Brasil: o conceito de agrupamento, de aquilombamento, transformando a Praça do Campo Limpo em um chão abençoado por mestres de religiões de matriz africana e indígena. Nessa confraternização, o bastão dos sábios griôs será passado para as mãos da nova geração.
 

Confira a programação de algumas tendas

A Tenda das Yabás homenageia as mães-rainhas e os orixás femininos, exaltando a força artística das mulheres da periferia. Está confirmada a presença do coletivo União Popular de Mulheres, que desde a década de 1960 promove a emancipação e conquista plena dos direitos da mulher. Também está confirmada a presença da Aldeia Tenondé Porã, com intervenção artística do Coral Guarani, ao som de rabeca e violão. Neste espaço ocorre também a exposição da fotógrafa Lela Beltrão, que em 2016 já esteve no Salão de Arte Contemporânea, no Carrossel Du Louvre, em Paris.
O espaço recebe também a Associação de Kung Fu Garra de Águia Lily Lau, de Taboão da Serra, apresentando o espetáculo Dança de Leão, do folclore chinês, para espantar maus espíritos e trazer sorte e prosperidade.
A atividade “Gestar, Parir e Cuidar em Percurso” ocorre a partir das 9h30 na Tenda das Yabás com diálogos sobre a gestação, assistência ao parto humanizado, pós-parto e perspectivas de atuação no atual contexto político. Haverá participação de doulas, profissionais de unidades de básicas de saúde, obstetriz, além de oficinas de dança materna, sling, cultura da amamentação e pintura de barriga. Entre outros convidados estarão, Ayê Coletiva, representantes do centro de parto humanizado Casa Ângela e o coletivo Mãe na Roda.

Funk de Griffe (foto: Divulgação)


A programação ainda inclui apresentação teatral com a companhia Satyros, apresentação musical e artística com Funk de Griffe, Graja Minas e poesia com o Slam das Minas SP.
Pela primeira vez o evento conta também com a Tenda dos Erês, com uma programação especial para as crianças, em um espaço lúdico com o propósito de oferecer alegria, integração, cultura e valores humanísticos para o público infantil. Haverá jogos cooperativos, pintura indígena, oficinas artísticas, brincadeiras antigas e populares de povos do mundo, contação de histórias e clown.
Já a Tenda dos Povos vai reunir uma comitiva de mais de 20 mestras e mestres de povos de terreiro, representantes da juventude camponesa, quilombolas e indígenas Guarani e Pataxó. A curadoria do encontro é do Mestre Aderbal Ashogun, sacerdote do candomblé, professor, artista, escritor e coordenador da rede Omo Aro Cia Cultural, que desde 1992 tem como prioridade a manutenção e o resgate do complexo cultural dos povos tradicionais de terreiros e celebra a união dos povos em torno de um objetivo comum: a preservação e manutenção da cultura brasileira principalmente dos povos e comunidades de matriz africana, indígena e cigana. Esta tenda recebe também a presença de Raniere Costa, capoeirista, filho do Mestre Môa do Katendê.

Autor

Apoie!