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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Por Julia Vitoria. Foto em destaque: Fernando Silva / Arquivo pessoal
Crianças fazendo o gesto de “Wakanda forever”, adolescentes e jovens circulando, folheando e conversando sobre histórias em quadrinhos, games e filmes… Foi simbólico. Há 2 anos, cerca de 4 mil pessoas lotaram a Fábrica de Cultura do Capão Redondo para a primeira edição da Perifacon, a “comic con das favelas”, pensada para dialogar o público geek, nerd e de cultura pop das quebradas de São Paulo.
O sucesso estrondoso tinha tudo pra se repetir em 2020, mas foi brecado pela pandemia. A pausa obrigatória motivou a equipe organizadora a repensar a estratégia.
“A gente pensou qual é o futuro da Perifacon? E aí, a gente sempre fala que é um futuro onde a gente permite sonhar novamente. Um futuro que a gente consegue ter esperança”, aponta Luíze Tavares, de 24 anos. Formada em Relações Públicas, ela é co-criadora e produtora da Perifacon ao lado de Andreza Delgado, Gabrielly Oliveira e Igor Nogueira.
Por causa das imposições da pandemia, a Perifacon de 2021 lançou o “Brotando nas Redes”, uma edição com objetivo de abraçar o público nesse momento. Foram 3 dias de evento (26, 27 e 28 de março) totalmente on-line e gratuito. Toda a programação do evento está disponível no canal do Youtube da Perifacon (clique aqui para assistir).
A Periferia em Movimento acompanhou as atividades e conversou com a equipe da Perifacon para entender os impactos da crise sanitária na feira. Essa é a primeira de uma série de reportagens que publicamos sobre 1 ano de Cultura à Distância.
“É importante se falar sobre os rumos que se tomaram do entretenimento e da cultura nesse momento de pandemia, para quem nunca teve acesso ou teve muita dificuldade em acessar [esse entretenimento]”, disse Andreza Delgado, produtora da Perifacon no painel de abertura do evento, para a atriz e diretora Vaneza Oliveira, convidada para a mediação da conversa. (link da mesa)
No painel “Ciclo Narrativas Periféricas”, a proposta foi promover uma formação para quadrinistas e ilustradores com a participação de Janaína de Luna, editora-chefe e proprietária da Mino Editora; o colorista Pedro Cobiaco e os quadrinistas e ilustradores Felipe Castilho e Fábio Kabral. “Quadrinho é uma coisa muito importante. A gente precisa dominar todas as mídias”, trouxe Janaína.
Outra novidade foi a conversa “Para além do beco dos artistas da Perifacon”, em que 5 artistas da quebrada, Amanda Treze, Douglas Lopes, Gillian Rosa, Lya Nazura e Marília Marz, contaram sobre seus processos criativos e a oportunidade de trabalhar para grandes marcas durante este ano de pandemia. Beco dos artistas é um dos projetos da Perifacon, que faz curadoria de artistas periféricos para trabalhos com empresas.
Com a proposta de pautar mais representatividade no mundo nerd, a edição virtual da Perifacon realizou o primeiro campeonato de Cosplay negros, que teve mais de 50 inscrições e votação de júri popular. Nesse tipo de competição, artistas imitam personagens famosos de desenhos animados, filmes e jogos.
“Esse concurso abre uma porta para você dar oportunidade para esses Cosplayers aparecerem, para eles se mostrarem, serem vistos. Eu vejo isso como algo muito importante”, conta Fernando Silva, 18 anos, que é cosplayer, cosmaker e ator – e ficou em primeiro lugar no concurso, com direito a troféu e R$ 1 mil. Ele se fantasiou de Cuzo, personagem do desenho animado A Nova Onda do Imperador, da Disney Pixar.
Desde criança, Fernando sempre gostou de se fantasiar. Foi em uma aula de teatro que uma menina, que hoje é sua namorada, começou a contar sobre os cosplayers que ela fazia. “Ela começou a me ajudar fazendo cosplayers, me ensinando sobre perucas. Depois, eu fui aprendendo”, lembra.
“Eu acho que uma das principais atrações que movimentam as outras pessoas é o concurso de cosplays. Foi bem interessante observar, durante a pré-produção, as pessoas se inscrevendo”, comenta Luíze.
Somando mais de 16 mil seguidores em seu Instagram e grandes parcerias como a Netflix, a “comic con das favelas” segue determinada e com grandes planos para o futuro.
“Em tudo que nós fazemos, a gente tenta sempre aproximar as pessoas trazendo por exemplo um executivo de uma grande marca para conversar com um empreendedor da quebrada”, completa Luíze.