Neste domingo (14/3), o assassinato da ex-vereadora e ativista carioca Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes completou 3 anos. Após a participação dela em um debate com jovens negras na Casa das Pretas, centro do Rio de Janeiro, eles foram emboscados e mortos dentro do carro por Ronie Lessa e Elcio de Queiroz. A assessora de imprensa da ex-vereadora, Fernanda Chaves, também estava no carro e sobreviveu ao ataque.
Lessa e Queiroz foram presos, mas até hoje, 1096 dias depois, muitas perguntas seguem sem respostas – entre elas, quem mandou matar Marielle e com qual motivação. Por isso, familiares dela e a Anistia Internacional cobram respostas.
“O Brasil não pode ser visto como impune para crimes como o assassinato de Marielle e Anderson”, disse Anielle Franco, irmã da ex-vereadora e diretora do instituto que carrega o nome dela.
A organização que luta por direitos humanos entregou uma petição com mais de 1 milhão de assinaturas pedindo justiça ao governador fluminense, Cláudio Castro, e o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Luciano Mattos. O Instituto Marielle Franco, que trabalha pela preservação da memória da ex-vereadora e para potencializar mulheres negras, LGBTQIA+ e periféricas a seguirem movendo as estruturas da sociedade, elaborou um dossiê com uma linha do tempo sobre o caso e listou 14 perguntas. Acesse aqui.
“As investigações do caso resultaram em inúmeras operações policiais, envolvendo uma ampla rede de criminosos do Rio de Janeiro, e que levou a mais de 65 prisões até hoje (…) A partir do caso Marielle e Anderson, outros homicídios e crimes como tráfico de armas e extorsões foram esclarecidos. Mas a pergunta de quem mandou matar Marielle e por quê segue sem respostas, e com contornos cada vez mais confusos”, diz o Instituto.
As 14 perguntas: