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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Fotos por Douglas Fontes (@instafontes_). Texto por Thiago Borges
Jovens e idosos trabalhando com propaganda eleitoral ou fazendo boca de urna no dia da votação. Poluição visual promovida por candidatos de diferentes partidos políticos. Com a pandemia de coronavírus rolando, a dificuldade de votar enfrentando transporte cheio e a tentativa de distanciamento social na seção. Nem todo mundo fez uso da máscara.
Nos últimos dias de campanha para as eleições municipais em São Paulo e também no domingo de votação em 1º turno (15/11), a Periferia em Movimento saiu às ruas para acompanhar a movimentação nas quebradas – sobretudo, no Extremo Sul da cidade. Você também pode conferir nossa cobertura completa clicando aqui.
Já os resultados das urnas apontam avanço de algumas candidaturas periféricas no legislativo, em meio a diversas dificuldades, enquanto Guilherme Boulos (PSOL) pauta a cidade a partir das periferias num 2º turno contra Bruno Covas (PSDB).
Confira a seguir algumas cenas registradas pelo fotógrafo Douglas Fontes. E logo abaixo, uma breve análise dos resultados das urnas.
Com o recorde de 2 mil candidaturas a vereador, representantes das periferias também se lançaram na disputa de alguma das 55 vagas – o que dá em média 35 candidatos por vaga. Muitas dificuldades, porém, marcaram essas candidaturas – desde a pandemia até a falta de recursos financeiros para disputar igualitariamente.
Ainda assim, algumas candidaturas identificadas com as pautas antirracista, antimachista e antilgbtfóbica e, ao mesmo tempo, por direitos sociais fundamentais, conseguiram se eleger.
Com 6 integrantes das zonas Sul e Leste, a candidatura coletiva Quilombo Periférico (PSOL) foi eleita com 22,7 mil votos. Trabalhadora do SUS e integrante de cursinhos populares, Luana Alves (PSOL) teve 37 mil votos. E Erika Hilton (PSOL) é a 1ª mulher trans a ocupar a Câmara, sendo eleita com mais de 50 mil votos.
Antes com 2 mulheres negras eleitas em toda a história do legislativo paulistano, apenas nesta eleição foram escolhidas 3 novas parlamentares negras.
Por outro lado, novos nomes da direita e centro-direita também tiveram boa votação: Delegado Palumbo (MDB), com 118 mil votos; Felipe Becari (PSD), com 98 mil; e Rubinho Nunes (Patriota), com 33 mil. Fernando Holiday (Patriota) chega ao 2º mandato com 67 mil votos.
Velho conhecido, Eduardo Suplicy (PT) foi o mais votado, com 167 mil votos. O 2º colocado em São Paulo foi Milton Leite (DEM), que investiu mais de R$ 2 milhões em campanha e teve 132 mil votos. Outros nomes comuns nas quebradas, como Rodrigo Goulart (MDB) e Alfredinho (PT), também venceram com 31 mil e 25 mil votos, respectivamente.
A cidade de São Paulo registrou uma abstenção recorde: 2,6 milhões de eleitores (29,29%) deixaram de votar em 2020, em comparação aos 22% em 2016. Pode ser que isso tenha relação com a pandemia de coronavírus, segundo analistas.
E entre os 6,3 milhões de votantes, 16% votaram em branco ou anularam o voto para prefeito. Ao fim, teremos um 2º turno disputado entre Bruno Covas (PSDB), com 32,8% dos votos; e Guilherme Boulos (PSOL), com 20,2%. Marcio França (PSB), teve 13,6%, enquanto Celso Russomano (Republicanos) amargou o 4º lugar, com 10,5%; seguido de Mamãe Falei (Patriota), com 9,7%; e Jilmar Tatto (PT), 8,6%.
Vale destacar que Bruno Covas liderou a votação em todas as zonas eleitorais da cidade de São Paulo, mas não de forma igualitária. As votações mais expressivas aconteceram em regiões mais centrais e ricas, como Jardim Paulista (44,5%), Indianópolis (44%) e Santo Amaro (41,7%), que abrange áreas como Alto da Boa Vista e Brooklin.
Já em regiões mais periféricas, o percentual foi menor, com 25,4% no Valo Velho, 26% na Cidade Tiradentes e 27% em Grajaú, Itaim Paulista, Jardim Helena e São Mateus.
Boulos também teve, proporcionalmente, mais votos no centro do que na periferia: 31,9% em Pinheiros, 29,6% na Santa Cecília, 29% em Perdizes e 24,2% na Vila Mariana. O candidato do PSOL teve no Valo Velho (22,9%) e Jardim São Luís (22,8%) suas melhores votações nas quebradas, enquanto registrou 17,4% em Parelheiros e 20,7% no Grajaú.
Nessas 2 regiões, aliás, Jilmar Tatto (PT) ficou em 2º lugar, com 21,2% e 20,8%, respectivamente. O candidato petista também teve boa votação em Cidade Tiradentes (17,3%), Piraporinha (16%), no Valo Velho (15,9%) e São Mateus (15,3%) – regiões em que ficou no 3º lugar.
Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).