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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114De que forma os meios de comunicação formaram nossa forma de ver o mundo? E como nossas andanças e vivências pela periferia transformaram nossos sentidos?
No minidocumentário “Interrompemos a Programação (?)”, a produtora independente de jornalismo de quebrada Periferia em Movimento parte desses questionamentos para discutir uma cena em que as mídias marginais ganham impulso construindo e fortalecendo narrativas e identidades contra as violações de direitos e pela participação nos espaços de poder.
A investigação foi atravessada pela pandemia de coronavírus – e isso também entrou no resultado final. Nós interrompemos de fato uma programação? Existia uma programação? Confira abaixo:
“A primeira vez que me dei conta da comunicação foi quando saiu na Folha de S. Paulo, em 1997, uma matéria sobre o ‘triângulo da morte’. Foi a primeira vez que li uma matéria de jornal porque isso teve impacto coletivo, e me fez perceber a mídia”, observa a socióloga Anabela Gonçalves, moradora do Jardim São Luís (zona Sul de São Paulo).
“O território influencia na maneira como eu falo, como eu me visto, nas minhas referências”, diz a artista Mariana Rosa, empreendedora do Espaço Boom Box e moradora do Grajaú (Extremo Sul de São Paulo). “Esse brincar e essa vivência na rua influenciou as minhas formas de expressão de hoje”, complementa o fotógrafo André Bueno, também do Grajaú.
O minidocumentário começou a ser produzido em outubro de 2019, ano em que a Periferia em Movimento completou uma década de atuação. Com entrevistas com moradoras e moradores das periferias que têm uma atuação transformadora em seus territórios, os relatos estavam estavam confluindo para o ponto em que as narrativas periféricas geram algumas rachaduras no sistema, como se fosse um curso natural das coisas.
Porém, a investigação foi interrompida em março de 2020 com a pandemia de coronavírus e necessidade de distanciamento social. A situação, que paralisou algumas ações e acelerou outras em toda a sociedade, refaz as perguntas iniciais: qual é o papel da comunicação nesse momento?
“Não é simplesmente pegar o celular e fazer uma live. É pensar também como manter a comunicação com quem a internet não chega, não tem computador, e a gente precisa construir”, ressalta Will Ferreira, educador social no Projeto RUAS, fundador do Espaço Kamohelo e morador de Parelheiros (Extremo Sul de São Paulo).
Produzido entre outubro de 2019 e julho de 2020, “Interrompemos a Programação (?)” entrevistou 12 pessoas em São Paulo:
A captação e edição de imagens foi feita por Pedro Ariel Salvador, com entrevistas e roteirização de Thiago Borges. Aline Rodrigues, Laís Diogo e Wilson Oliveira auxiliaram na produção. Todos e todas compõem a equipe da Periferia em Movimento, que conta ainda com Camila Lima e Karina Rodrigues. O minidocumentário também tem imagens de drone da Fxo Imagens e do Graja na Cena e utiliza áudios que compõem os podcasts Pandemia Sem Neurose, O Corre e Daqui Onde Nasce a Humanidade.
O minidocumentário compõe um projeto maior da Periferia em Movimento. Apoiado pelo Programa VAI, uma política pública elaborada pela sociedade civil e executada pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o projeto “Morada Jornalística” consiste em utilizar a casa-sede da Periferia em Movimento como plataforma de formação, elaboração e criação de conteúdos jornalísticos.
Entre 2019 e 2020, o espaço foi sede de vivências jornalísticas e desafios virtuais com adolescentes (confira aqui), da realização de 15 edições do programa de entrevistas ao vivo “Quebra das Ideias” (clique para ver) e da produção da série de encontros on-line “Repórter da Quebrada despertando os sentidos” (assista abaixo).