Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the web-stories domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: A função _load_textdomain_just_in_time foi chamada incorretamente. O carregamento da tradução para o domínio mfn-opts foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114
Dia do Trabalhador: Relatos e fotos de quem não tá de quarentena – Periferia em Movimento

Dia do Trabalhador: Relatos e fotos de quem não tá de quarentena

Reportagem de Laís Diogo e Thiago Borges. Fotos por Douglas Fontes

Data que celebra a luta por direitos de trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo, este 1º de Maio é marcado pela pandemia de coronavírus que afeta fortemente quem está na labuta. Desde os empregados formais, que tiveram redução de salário e jornada, trabalham de casa ou perderam o emprego; até os informais, que sem renda garantida têm de escolher entre se proteger do vírus ou da fome. E sem esquecer de quem desempenha serviços essenciais na saúde, nos transportes, no abastecimento ou na limpeza.

A Periferia em Movimento conversou com moradores do Extremo Sul de São Paulo que continuam saindo para trabalhar.

Moradora do Parque Residencial Cocaia, Taís Rodrigues da Silveira tem 26 anos e é operadora de telemarketing. Diariamente, ela vive uma luta consigo mesma e a única recomendação da empresa é lavar as mãos sempre que possível.

“Ao mesmo tempo que desejo ficar em casa em segurança, sei que preciso ir pois dependo do meu trabalho (…) É muito preocupante ter que trabalhar nesses dias, e eu só penso em quantas pessoas ainda estão trabalhando pois não têm a opção de parar”.

Taís Rodrigues da Silveira, operadora de telemarketing

Logo de início, Maria de Lourdes Lima da Silva notou o desespero da população na busca desenfreada por álcool gel e outros itens de primeira necessidade. “Saíram comprando aquele monte de alimento achando que iria faltar”, diz ela, que mora e trabalha em um supermercado no Cantinho do Céu.

A empresa providenciou faixas para evitar o contato próximo entre clientes, colocou álcool gel na entrada e placas de acrílico nos caixas para proteger funcionários. Para Maria de Lourdes, isso não basta.

“O certo seria ir uma pessoa de casa para comprar o necessário, porém vão grupos de 3 ou até mesmo a família inteira. Queria que entendessem que todos nós corremos risco”

Maria de Lourdes Lima da Silva, operadora de caixa em supermercado

O mecânico Douglas Fontes teve o contrato de trabalho suspenso por 02 meses e, agora, faz um bico com a motocicleta. Pra ele, que é morador do Jardim Eliana, “é muito difícil parar totalmente já que em muitos empregos não dá pra fazer em casa”. Apesar de manter a higiene diária, ele segue com medo por conta do filho pequeno, da mãe idosa e por si próprio.

Fotógrafo nas horas vagas, Douglas saiu pelo entorno do Terminal Grajaú para registrar outros trabalhadores nesse momento.

“A sensação é de que as pessoas estão assustadas e perdidas, sem saber o que será daqui pra frente em suas casas, empregos”

Douglas Fontes, mecânico e fotógrafo

Confira as fotos:

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