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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Formada por diversas entidades do movimento negro pelo País, a Coalizão Negra por Direitos convoca para as 18h desta sexta-feira (27/09), na avenida Paulista, em São Paulo, uma manifestação pelo direito à vida e contra o genocídio negro praticado pelo Estado brasileiro.
Nesse dia, completam-se 07 dias desde o assassinato de Ágatha Félix. A menina negra de 08 anos estava dentro de uma kombi com a mãe quando foi atingida por um tiro de fuzil disparado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão.
No sábado (21/09), centenas de pessoas protestaram na Fazendinha, região onde o crime aconteceu. E no domingo (22/09), outros tantos acompanharam o enterro da criança, conforme mostrou ao vivo o coletivo Papo Reto:
Para a Coalizão, a morte de Ágatha é reflexo de uma política praticada pelo governador fluminense, Wilson Witzel, e seguida como exemplo por seus pares.
“Witzel coloca em prática no Complexo do Alemão e em todas as favelas e bairros pobres do Rio uma política de segurança pública genocida, que é vista como exemplo por Dória em SP, pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro, que quer torná-la nacional via aprovação do seu pacote no congresso, e pelo presidente Bolsonaro, que defende policiais que matam”, diz a chamada para o protesto no Facebook.
O ato em memória de Ágatha e solidariedade à família também denuncia que esse projeto de segurança pública já matou 05 crianças nas ruas da cidade do Rio apenas em 2019: Kauê Ribeiro, de 12 anos; Kauã Rozário, de 11; Kauan Peixoto, de 12; e Jenifer Cilene, de 11.
Segundo o aplicativo Fogo Cruzado, ao todo 16 crianças foram baleadas na cidade este ano. E entre janeiro e agosto, a PMERJ matou 1.249 pessoas em todo o estado do Rio de Janeiro – alta de 16% em relação ao mesmo período do ano passado, em média 05 mortes por dia.
O governador Wilson Witzel apontou o crime organizado como responsável pelo assassinato de Ágatha, e disse que o caso não poderia servir de palanque eleitoral, assim como o presidente em exercício Hamilton Mourão.
De toda forma, o caso é um estopim para os movimentos de favela contra essas ações do governo, que recorreram à Organização das Nações Unidas para cobrar pressão sobre as autoridades brasileiras. A iniciativa foi tomada pelo Papo Reto, Fórum Grita Baixada, Instituto Raízes em Movimento, Fórum Social de Manguinhos, Mães de Manguinhos, Movimento Moleque, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e Arquitetxs Faveladxs, em conjunto com a organização de direitos humanos Justiça Global antes do discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, feito por Jair Bolsonaro nesta terça (23/09).
O pacote de Sergio Moro, Ministro da Justiça e Segurança Pública, também perde força com essa pressão. Apesar do ministro apontar que não há qualquer relação entre a proposta e a morte de Ágatha, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já sinalizou que é preciso olhar com cautela para determinados pontos do pacote.
A medida por ampliar os excludentes de ilicitude, por exemplo, que diminui pela metade ou exime de culpa o policial que matar em ação de suposta legítima defesa. Considerado uma “licença para matar”, esse ponto deve ser votado nesta terça (24/09), pelo grupo de trabalho Penal da Câmara dos Deputados.