#EleNão: Se fere minha existência, serei resistência

Nesta quinta-feira (11/10), manifestantes voltam às ruas para se manifestar contra o discurso de ódio e o fascismo, concretizados na candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República. A manifestação é fruto de uma mobilização autônoma de grupos de antifascistas e acontece após o resultado do primeiro turno das eleições, realizado no último domingo (07/10), que contou com a eleição do Congresso mais conservador das últimas três décadas e a configuração de um novo confronto entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) pela cadeira da Presidência da República.

Leia o posicionamento do Periferia em Movimento sobre o cenário eleitoral

Mobilizações históricas

Nas últimas duas semanas, dias 29 de setembro e 06 de outubro, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra a candidatura de Bolsonaro. O primeiro ato aconteceu no Largo da Batata e reuniu mais de 150 mil pessoas, segundo as organizadoras.
“Informamos que nosso objetivo não é esvaziamento da pauta, ao contrário, é o fortalecimento de uma pauta plural antes da aparente super polarização do segundo turno. Queremos mostrar que somos muitas, diversas, acima de acirramentos partidários e, antes de tudo, antifascistas! Nosso compromisso é com esta agenda: uma organização suprapartidária, antifascista, antirascita, antiLBGTQ fóbica e acolhedora de todas as pautas progressistas”, diz nota publicada pelas Mulheres Antifas, que estão convocando a manifestação.
O avanço do discurso de ódio pelas ruas e redes sociais e a possibilidade de eleição de Bolsonaro, declaradamente machista, racista e homofóbico, provocou a mobilização de mulheres Brasil afora. Com diferentes pontos de vista, mais de 3 milhões delas se reuniram em um grupo no Facebook. E, após um ataque por hackers seguidores do candidato, a articulação viralizou na internet com a #EleNão, com adesão de diferentes grupos da sociedade até chegar aos atos de rua em mais de 400 cidades no País, além de outros 34 localidades no exterior.
O coletivo Nós, Mulheres da Periferia cobriu a manifestação na perspectiva das mulheres das quebradas. Confira a reportagem abaixo:

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