Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the web-stories domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114

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Saberes da Natureza: “Sem fazer nada, o índio faz mais do que o branco – que só destrói” – Periferia em Movimento

Saberes da Natureza: “Sem fazer nada, o índio faz mais do que o branco – que só destrói”

Nas bordas da maior metrópole do País, a pouco mais de 40 quilômetros do centro da cidade, um povo originário resiste ao avanço da mancha urbana. No Extremo Sul de São Paulo, às margens da represa Billings, fica a terra indígena Tenondé Porã. Demarcada em 1987, essa TI tinha até 2016 apenas 26 hectares, onde cerca de 2 mil Guarani Mbya se amontoavam nas aldeias Tenondé Porã e Krukutu.

O filósofo e escritor Olivio Jekupe é um deles. Natural do Paraná, ele se mudou para a capital paulista há mais de 20 anos para estudar na USP. Após a mulher ter problemas de saúde na cidade, eles se mudaram para a Krukutu, que fica na divisa entre São Paulo e o município vizinho de São Bernardo do Campo. Na aldeia, Olivio se fixou como uma das lideranças e obteve conquistas, como a implantação de posto de saúde indígena e um Centro de Educação e Cultura Indígena (CECI).

A luta dos Guarani Mbya no Extremo Sul não é de hoje. Desde 2002, eles reivindicam a ampliação da TI Tenondé Porã. Em 2013, os indígenas iniciaram uma campanha para o Ministério da Justiça publicar as portarias declaratórias que reconhecem esses territórios. Isso só aconteceu nas últimas horas do governo Dilma Rousseff, no início de maio de 2016, antes da ex-presidenta ser afastada do cargo pelo Senado Federal.

A portaria declaratória que reconhece a Tenondé Porã destina 16 mil hectares entre o Extremo Sul de São Paulo e os municípios de São Bernardo do Campo e Itanhaém para os Guarani Mbya. Apesar desse reconhecimento, a demarcação ainda está sob processo de homologação – o que coloca em risco a garantia das terras para os indígenas.

Porém, essa vitória ainda que parcial já reflete em mudanças para os moradores desse território. Ao menos quatro novas aldeias foram fundadas. A população também aumentou. E Olivio escreve sobre o ponto de vista dos Guarani Mbya da história para que a mesma não seja contada apenas pelo olhar do homem branco.

Nessa entrevista, ele fala sobre literatura nativa, demarcação de terras e o que isso tudo tem a ver com a preservação do meio ambiente:

Escambos Periféricos

Com apoio da agência Purpose no âmbito do projeto “Clima e Territórios”, o Periferia em Movimento realiza mais um escambo periférico. Dessa vez, pretendemos investigar como o meio ambiente – e os ataques a sua preservação – influenciam na manutenção de culturas tradicionais nas periferias. E estamos fazendo isso na região de Grajaú e Parelheiros (Extremo Sul de São Paulo), onde a gente atua, e em diferentes comunidades do Recife e Olinda, em Pernambuco (com apoio dos coletivos Favela News e Caranguejo Uçá), de onde inclusive muitas e muitos dos que vivem em nossas quebradas vieram. Clique e acompanhe!

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