Boa parte da estrutura e verba para produção de conteúdo informativo no Brasil está nas mãos de poucas famílias, que
por sua vez controlam quais são os assuntos e as vozes que merecem destaque em seus veículos de comunicação. Saiba mais sobre isso aqui. Mas isso está mudando. O avanço da internet e o surgimento de novas tecnologias permitem que mais brasileiros tenham acesso a conteúdos e ferramentas antes restritos e, com isso, a uma diversidade maior de narrativas e opiniões.
O ano de 2017 não foi fácil, mas as dificuldades propiciaram uma série de rupturas. No Periferia em Movimento seguimos avançando com outros coletivos para combater a concentração da mídia. Produzimos mais de 60 reportagens e artigos próprios, mais de 30 vídeos, além de publicarmos mais de 300 notas diárias, buscando dar visibilidade a quem está na frente de luta pela garantia de direitos nas quebradas – principalmente aqui no Extremo Sul de São Paulo, onde nascemos, atuamos e estamos articulados. Com isso, chegamos a uma média de 150 mil pessoas por mês em nossos canais – site, redes sociais e Youtube.
Ainda é pouco, certo? Por isso apostamos na democratização da mídia na prática, promovendo cursos, oficinas, palestras e vivências sobre periferias, comunicação e direitos humanos. Ao todo, foram mais de 350 horas (100 horas a mais que em 2015) de encontros de aprendizagem em diferentes lugares de São Paulo com envolvimento direto de mais de 500 pessoas de todas as idades (especialmente adolescentes estudantes de escolas públicas), que discutiram e produziram conteúdos próprios, além de palestras e debates acompanhados por mais de 200 pessoas. Muito disso aconteceu no âmbito do projeto Repórter da Quebrada, executado com apoio do programa Redes e Ruas da Prefeitura de São Paulo, e com os cursos Noticimapa e Diversimapa, em que juntamos jornalismo e cartografia em encontros no Sesc Campo Limpo, Sesc Pinheiros, Sesc Interlagos e Sesc Vila Mariana.
Continuamos articulados com coletivos e movimentos do Extremo Sul da cidade e também de outras pontas, em fóruns e redes diversos. Especificamente, neste ano participamos da organização da Virada Comunicação, uma iniciativa dos 13 coletivos que integram a Rede Jornalistas das Periferias com objetivo de discutir a construção de narrativas sobre, para e a partir das bordas da cidade.
Relembre:
Assista ao vídeo em: