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Descongela!: A resistência das quebradas ao “desmonte” da Cultura em SP – Periferia em Movimento

Descongela!: A resistência das quebradas ao “desmonte” da Cultura em SP

Foto Divulgação

Na noite desta quinta-feira (23 de março), mais de 50 pessoas compareceram ao Galpão Cultural da Cia Humbalada de Teatro, no Grajaú (Extremo Sul de São Paulo), para discutir o atual cenário para o fazer cultural na cidade – a Secretaria Municipal de Cultura teve 43,5% da verba para este ano congelada.
Jesus Santos (do coletivo Casa do Meio do Mundo e do Movimento Cultural das Periferias), Aloysio Letra (também do Movimento Cultural das Periferias), Gal Martins (da Cia Sansacroma e do Fórum Permanente de Danças Contemporâneas: Corporalidades Plurais), Fabio Resende (da Frente Única Descongela a Cultura Já), entre outras pessoas, apresentaram um panorama das ameaças e ações para desmontar as políticas públicas culturais tomadas pela atual gestão municipal e estratégias de luta contra essas decisões a partir dos territórios.
Pelo descongelamento da verba e contra os recentes encaminhamentos da pasta gerida pelo secretário de Cultura André Sturm, agentes culturais de diferentes linguagens e territórios realizam um ato na próxima segunda-feira (27 de março), a partir das 15h, em frente ao Theatro Municipal.
O Periferia em Movimento acompanhou e transmitiu ao vivo parte da conversa em nossa página no Facebook. Assista abaixo aos trechos:


Verba congelada

No começo do ano, foi anunciado o congelamento de 43,5% da verba para a Cultura na cidade de São Paulo – o orçamento aprovado no fim do ano passado após uma árdua luta travada por artistas na Câmara dos Vereadores destinava pouco mais de R$ 518 milhões, menos de 1% do orçamento total do município.

Organizados na Frente Única Descongela a Congela Já, artistas de diferentes linguagens culturais denunciam que o congelamento dessa verba coloca em risco e inviabiliza políticas públicas diversas, como os de formação (Vocacional, o PIÁ e o Jovem Monitor Cultural); os fomentos à Dança, ao Teatro, ao Circo e às Periferias (este último, que teve sua primeira edição ano passado); os programas de cidadania cultural (como o Programa VAI, o Aldeias e o Agente Comunitário de Cultura); além dos pontos de cultura, o Circuito Municipal de Cultura, a Semana do Hip Hop, o Edital Redes e Ruas de cultura digital, a programação dos equipamentos culturais, entre diversos outros.

A maior parte desses programas foi instituída a partir de demandas de artistas e da sociedade civil como um todo, com impacto direto a toda a cadeia produtiva ligada à cultura na cidade, como gráficas, mídias, publicidade, restaurantes, entre outros serviços.

Por outro lado, após a polêmica da “cidade cinza” e perseguição a pixadores e grafiteiros, o secretário André Sturm e o prefeito João Dória lançaram – com a participação de artistas – o edital MAR (Museus de Arte de Rua) com o valor de R$ 200 mil oriundos de empresas privadas para selecionar oito projetos de intervenção com graffiti na cidade de São Paulo.

Artistas denunciam as ações como estratégia de marketing e o investimento isolado em eventos e ações pontuais, em detrimento de processos contínuos e geração de subjetividades, além da perseguição política a quem discute temas como racismo e machismo, assédio moral a funcionários de equipamentos culturais e sucateamento para possibilitar a posterior privatização dos espaços culturais, como as casas de cultura e as próprias bibliotecas.

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