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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114Um ano depois de coletivos do Extremo Sul denunciarem a exposição da sexualidade de meninas em vídeos nas redes sociais, a situação continua nada TOP. Resistir é a única alternativa.
Por Mariana Caires
“Tá ligado aquela mina? Deu pra tantos esse mês. Mas a outra, que acham que é santinha, é pior”.
O comentário machista, falado desde sempre por homens de todas as idades e classes sociais, também domina a conversa nas rodinhas de meninos no intervalo da escola. Mas, na era virtual, vira post nas redes sociais, se espalha pelo WhatsApp e causa impactos muito, muito maiores.
Há exatamente um ano, ativistas do Grajaú e de Parelheiros (no Extremo Sul de São Paulo) se depararam com uma prática de cyberbullying que não era novidade nas escolas da região: o TOP 10 do WhatsApp, que começou como concurso das “mais bonitas” de cada colégio até ser transformado em um ranking das “10 mais vagabundas”.
A ação de cyberbullying praticada por meninos e algumas meninas contra outras adolescentes consiste em fazer montagens de fotos e vídeos íntimos das vítimas, que circulam pelos celulares dos colegas de sala, viralizam nos grupos da internet, ultrapassam os muros da escola e ganham as ruas com pixações.
Em pouco tempo, todo mundo fica sabendo e as minas não podem mais sair de casa sem ouvir algum comentário. Algumas adolescentes abandonaram as aulas e se confinaram. Duas meninas do Grajaú se suicidaram, segundo o coletivo feminista Mulheres na Luta.
A ação de coletivos e ativistas do Extremo Sul foi essencial para acolher as meninas atingidas pela exposição. O Serviço de Proteção à vítima de violência do CEDECA (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente) Interlagos recebeu denúncias.
“O que a gente sabia do Grajaú era que as meninas estavam indo embora da região, sendo muito culpabilizadas por tudo”, conta a rapper e militante Tati Preta Soul, do coletivo Abayomi Aba, que em abril de 2015 organizou o primeiro sarau sobre o TOP 10, no CEU Parelheiros, onde havia relatos de quem queria entrar nos vídeos. “Era uma busca delas por visibilidade, então percebemos que a gente tem que problematizar o tema dentro dessas espaços e alcançar todo mundo”, continua.
Para Tati, conversar com as meninas sobre a violência é uma tarefa complexa, porém urgente. “Cada vez que você retoma aquele trauma, é uma violência, então tem que tomar muito cuidado com isso. Mas é essencial que ela não se sinta sozinha”.
[box type=”info” fontsize=”13″ radius=”4″]Serviço: Quem foi vítima do TOP10 não tá sozinha.
Você pode procurar:
– Serviço de Proteção à vítima de violência do CEDECA Interlagos.
– Coletivo Abayomi Aba.
– Coletivo Mulheres na Luta.
– Coletivo Extremo a Extremo, em Parelheiros.[/box]