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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114mfn-opts
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/periferiaemmovimento/www/teste/wp-includes/functions.php on line 6114A partir da próxima segunda (30), representantes de governos e da sociedade civil de países de todo o mundo se encontram em Paris para discutir ações para frear as mudanças climáticas no planeta durante a 21ª Conferência do Clima ( COP 21 ) das Nações Unidas.
Tá, e daí?
E daí, que os principais prejudicados por essas alterações feitas na natureza pelo próprio ser humano serão os mais pobres: campesinos, favelados, periféricos, indígenas, ribeirinhos, quilombolas… todos que estão à margem da sociedade global são os mais vulneráveis às catástrofes naturais, escassez de alimentos, seca dos mananciais.
Pra se ter uma ideia, a temperatura da Terra subiu 1º C nos últimos 200 anos. Parece pouco, mas é o mesmo aumento observado nos 10.000 anos anteriores.
O debate sobre o tema ainda é muito elitizado, restrito às universidades e grupos de ambientalistas, mas há cerca de duas semanas agricultores, artistas, militantes de movimentos sociais e indígenas guaranis se reuniram no Grajaú para prosear sobre como isso vai impactar aldeias e quebradas.
Nessa porção da metrópole, 1 milhão de pessoas vivem às margens da represa Billings – o maior reservatório água em área urbana do mundo, com um volume equivalente a todo o Sistema Cantareira, mas subutilizado devido à poluição. “Isso é um contrassenso, porque tem morador que mora do lado da represa, mas sofre o pior racionamento de água”, nota Vinicius de Souza Almeida, gestor do Parque Linear Cantinho do Céu, onde aconteceu a conversa.
Os moradores relatam que ficam até cinco dias sem fornecimento de água. “Mas esse racionamento não começou há um ano, e sim há muito mais tempo para quem mora na região do Grajaú ou Parelheiros”, ressalta Mariana Belmont, agente marginal do coletivo artístico Imargem.
Além da Billings, a região Extremo Sul abriga dezenas de mananciais que também abastecem a Guarapiranga. Duas áreas de preservação ambiental (APAs) foram criadas para proteger essas águas, mas a pressão urbana é constante.
Por isso, Valcenir Karai destaca a necessidade da demarcação de terras indígenas no território. “Defender a demarcação é defender áreas verdes, a represa, os rios com peixes”, diz ele, que vive na aldeia guarani Tenondé Porã, uma das cinco que existem no Extremo Sul. Além da demora em delimitar essas áreas, hoje povos indígenas de todo o Brasil convivem com uma ameaça real: a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 215, que transfere da Funai para o Congresso Nacional a responsabilidade pelas demarcações.
“Antes, nossos antepassados eram mortos pela arma de fogo, mas hoje isso não acontece mais. Não se mata mais com arma, e sim com as leis. Estão querendo acabar com os indígenas do Brasil e tomar seus territórios”, completa Karai.