“Requalificação” ou privatização do Anhagabaú? Movimentos questionam projeto da Prefeitura

Nesta sexta-feira (31 de julho), a Prefeitura de São Paulo apresenta seu projeto de requalificação e reurbanização do Vale do Anhangabaú, no centro da cidade.
Segundo a Prefeitura, o projeto foi construído por meio de processo participativo e “tem como objetivo tornar o Vale do Anhangabaú mais seguro, inclusivo, acessível e atraente, servindo não apenas como um local de passagem, mas também como um ponto de convivência entre as pessoas”, com sanitários públicos, eventos, cafés, floriculturas e bancas de jornal.
Porém, o Coletivo Autônomo dos Trabalhadores Sociais (Catso), formado por assistentes sociais que atuam majoritariamente com a população de rua, aponta que trata-se de um projeto de higienização da região com intuito de remover a população pobre do centro e que conta com a participação de empresas como o Itaú.
Durante 11 meses o projeto Arquitetura da Gentrificação, da ONG Repórter Brasil, investigou a proposta de transformação urbana prevista para o Vale do Anhangabaú e áreas adjacentes do centro histórico da capital paulista desenvolvido pelo escritório dinamarquês Gehl Architects a pedido do banco Itaú e que foi doado à Prefeitura. Se implementado, terá um custo estimado de R$ 200 milhões aos cofres públicos, segundo a própria SPUrbanismo, empresa pública submetida à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) e que está à frente do projeto. Confira todas as reportagens aqui.
Por isso, o Catso convoca movimentos para um ato no mesmo dia do lançamento do projeto (sexta, 31 de julho), a partir das 14h30, na Praça das Artes. Mais informações aqui.

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